Só por hoje

06/07/2025

Só por hoje quero diferenciar segurança de liberdade. Sei que são dimensões importantes do viver. Dificilmente a segurança, sobretudo a falsa segurança, nos torna verdadeiramente livres. Desejo ir ao encontro do sentido e da missão para a qual vim ao mundo. Quero que a minha segurança aconteça na coragem de voar, de avançar e de me arriscar nas asas da liberdade. “Um navio no porto está em segurança, mas não foi para isso que os navios foram construídos” (William Shedd).

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05/07/2025

Só por hoje quero aprender das árvores. Elas são naturalmente bonitas. São todas diferentes. Entre elas não existe competição. Cada uma traz consigo a sua beleza e a sua originalidade. Elas nascem, crescem e produzem frutos. Fazem sombra e acolhem a todos. Em qualquer lado da árvore onde eu me posicionar, sempre estarei na frente da árvore. Desejo ser sombra, produzir frutos, acolher sem discriminar e ser uma presença poética, simples e amiga. “Árvores são poemas que a terra escreve para o céu” (Khalil Gibran).

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04/07/2025

Só por hoje quero olhar e aprender de pessoas que, geralmente, são vistas como ameaças. Quero aprender com as atitudes dos inimigos. Mas eles podem nos ensinar algo? “Não há inimigo insignificante. Todo inimigo é uma potência. O amigo trai na primeira esquina. Ao passo que o inimigo não trai nunca. O inimigo é fiel. O inimigo é o que vai cuspir na cova da gente” (Nelson Rodrigues).

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Poemas

Dê esmola, não esmola

Dê pão a quem tem fome, mas não dê drogas a quem tem vícios. O dinheiro nas mãos de um pobre genuinamente faminto mata a fome e veste o nu. Porém, o dinheiro nas mãos de um dependente químico que se diz faminto pode se transformar em drogas. Se você realmente deseja praticar a caridade, evite dar esmolas a dependentes químicos. A "fome" deles é saciada com pedra, pó, maconha, álcool e outros vícios.

MINHA VERADEIRA FACE

Tenho diversos preconceitos.
Critico tudo e a todos,
Principalmente autoridades.
Prefiro não me comprometer com nada,
Mas cobro solução para tudo.
À minha margem, não aceito ninguém.
A escória humana, pedinte, me incomoda,
Mas faço dela invisível;
Mesmo assim, eu a alimento
A cada moeda dada,
Por medo, pena ou por realmente acreditar
Estar fazendo uma boa ação.
Por outro lado, prefiro que esteja longe do meu caminho.
Na verdade, ela me pesa na consciência,
Porque me diz, sem falar, que,
Se realmente eu fosse
Aquilo que a cruz pingente em meu peito
Sugere que eu seja — cristão —,
Não haveria “trabalhadores” de faróis.
Porque quem ama o próximo cuida e protege;
Mas eu prefiro pensar em mim e nos meus apenas.
Nos meus que são perfeitos; porque os imperfeitos,
Abandono: são lixos que prefiro vê-los fora do meu caminho.
O prato que eu mais gosto de provar é a hipocrisia.
Se eu tiver oportunidade, burlo regras sociais — sobretudo —
Se obtiver alguma vantagem; e abomino políticos corruptos.
Meu nome? SOCIEDADE.