Programa: Pastor Thiago Dalmati
Pastor Thiago Dalmati
25/11/2023
Thiago Dalmati, 37 anos empresário (Dalmati gás) casado, nasceu em São Paulo- SP, mas foi criado em Santa Cruz do Rio Pardo- SP. Filho de pai alcoólatra, Thiago viveu durante 8 anos perdido no mundo das drogas. Na sua infância, na faixa dos 8 anos de idade, Thiago era apaixonado pelo esporte, basquete era o seu favorito, participava de campeonatos chamados interclasses na época, com o professor de educação física, José Roberto Batista Lamoso. "Por isso o meu envolvimento com as drogas veio um pouco mais tarde, até os 14 anos me dediquei muito ao esporte, depois a gente vai para o colegial as coisas mudam". Aos 15 anos Thiago começou a beber, nas festinhas de amigos, e concluiu que festas sem bebidas alcoólicas não era festa. Logo foi apresentado a maconha, a princípio fumava uma vez por mês, depois, passou a fumar semanalmente e quando de seu por conta, estava fumando todos os dias, para trabalhar, pra jogar bola, e começou a fumar cigarro, além da maconha. Até aqui estava tudo bem, mas quando a cocaína entrou sua vida, tudo mudou de maneira espantosa. Thiago passou a perder dias de serviço, porque quando fazia uso de cocaína e álcool, não dormia e depois não tinha forças para o trabalho, durante o dia, de forma que toda rotina de vida ficava comprometida e Thiago perde oportunidades de trabalhos, de estudos e principalmente a autoestima e a confiança em si mesmo. Nessa mesma época em que a cocaína trazia para sua vida, destruição, desmoralização e tristezas, Thiago aos dezoito anos, em um cenário de muitos conflitos, assiste a separação dos pais, então, passou a "viver de favores na casa da irmã" que também tinha problemas com drogas. A estrutura familiar desabou, com a separação dos pais, num momento em que tudo parecia decadente em sua vida. Thiago, então começou a perceber que aquilo que era uma aventura, diversão, era o grande problema de sua vida. Thiago via seus amigos, sóbrios, sendo bem sucedidos em seus caminhos ao passo que sua vida, era arrastada para o fundo do poço da drogadição. Tudo isso fez Thiago refletir: "ou eu mudo a minha vida ou morro em breve ou serei preso". Assim, Thiago tomou a decisão de mudar de vida. Não foi fácil para Thiago admitir que era um dependente químico. "Por muitas vezes pensei em me matar, se eu tivesse uma arma do meu lado, nas manhãs que isso me passou pela cabeça, eu teria me matado. Eu queria acabar com aquela dor que eu sentia um enorme vazio que te faz perder perspectiva de vida, um remorso por não conseguir vencer o vício. Numa noite em que ficou cuidando da casa de um amigo que viajara para praia, Thiago passou a noite toda bebendo e usando cocaína, sozinho. "Essa noite pensei que iria morrer, senti minhas mãos formigar, mas nem pedi ajuda pra ninguém, porque eu já estava tão cansado desta vida que se eu morresse ali, seria um alívio, naquele momento". Depois deste dia, Thiago concluiu que era preciso mudar de vida. "Um dia trabalhando como mototaxista, uma passageira, senhorinha idosa, que levei até um igreja, percebendo minha aflição, eu estava sentindo como que uma dor no peito, me deu um pano com uma inscrição e me disse, vou rezar por você. Eu falei: reza por mim, porque estou precisando... No pano estava escrito: sai da tua terra e da tua parentela e vai pra terra que eu te mostrarei." Thiago entendeu que teria que mudar de cidade e resolveu ir para Florianópolis, onde tinha amigos por lá. "Se eu tiver de morrer morro longe de minha família, se tiver de viver vivo outro lugar". Assim foi. Chegando em Florianópolis, Thiago foi morar no morro do Pantanal, próximo a uma universidade, onde havia muita droga e o acesso a elas era muito fácil. "Certa vez, desandei a noite inteira, no morro do Pantanal. Fiz o rei do rolo lá, mentiras, drogadição, muita loucura...!" No outro dia, Thiago acordou com o intuito de mudar de vida, e procurou uma igreja, no pé do Morro do Pantanal, e foi naquela que teria sido a segunda Igreja Batista da Ilha de Florianópolis, onde encontrou pessoas que o ajudaram. E passou a frequentar as reuniões dos jovens, daquela igreja, onde aprendeu muita coisa. Ficou um ano morando em Florianópolis e durante 8 meses frequentou diariamente as atividades da igreja, e "isso fez com que eu mudasse todo hábito de vida que eu tinha. Considero que isso foi o meu tratamento". Quando voltou para Santa Cruz, Thiago teve um lapso, usou droga um dia, mas estava convicto que não queria mais aquela vida de drogadição e passou a frequentar uma igreja pentecostal aqui em Santa Cruz, onde está até hoje. Em 2012 Thiago foi convidado pela igreja para coordenar uma casa de recuperação em Sodrélia, Santa Cruz do Rio Pardo- SP, Casa Missionária. "Foi a melhor escola que eu tive. Ali cuidamos de muitas pessoas amigas e pessoas desconhecidas, de outras cidades. Permaneci ali por 2 anos, e foi ali que me tornei Pastor. Houve uma época em que o cunhado e a irmã de Thiago, também se viram envolvidos com a drogadição, mas superaram essa fase difícil da vida. O Sr Carlos Dalmati, pai de Thiago, foi alcoólatra durante muito tempo, e foi a superação de Thiago que motivou a mudança de vida de Sr. Carlos. Thiago considera a superação do alcoolismo do pai, o maior presente que Deus lhe deu. Quando Thiago foi para Florianópolis, lá ele esperava a ligação de alguém anunciando morte do pai, pois o álcool tinha total domínio da vida do pai, que frequentemente se encontrava em roda de fogo, ligar onde dependentes do álcool partilham bebidas durante círculo numa praça ou em determinado lugar. Thiago estava em um acampamento de jovens em Florianópolis, onde sonhou com o pai, que estava em uma lista de pessoas que se converteria através de sua vida, ele era o último da lista. No outro dia Thiago sonhou com esta lista novamente e a lista estava invertida, seu pai estava em primeiro. Quando Thiago voltou de Florianópolis, voltou com o proposito de levar o pai para igreja. O convidava mas Sr Carlos não ia...Carlos via o pai na roda de fogo, até que um dia o convidou e ele aceitou ir a igreja e foi bêbado. Thiago ficou preocupado, achando que o pai o faria passar vergonha na igreja, mas para sua surpresa, o Sr Carlos não deu trabalho algum. No final do culto o Pastor após passar os recados finais perguntou se alguém teria alguma coisa pra falar. Nesse momento, Sr Carlos levantou a mão. Thiago teve vontade de sair correndo da igreja... mas ficou. Sr Carlos caminhou até a frente do altar, pegou o microfone e falou: "quando tudo parecia perdido chore uma lágrima de esperança, porque Cristo vive." "A partir daquele momento ele parou de beber e passou a frequentar a igreja". Hoje Thiago, está sóbrio há 13 anos é pai de família, Pastor, empresário em sociedade com o pai, na Dalmati Gás.