Só por hoje

Só por hoje quero ser sincero, verdadeiro e autêntico. Quero que as minhas palavras e atitudes sejam movidas pela motivação sincera que aprofunda valores, encoraja atitudes, aprofunda uma mística de vida. Quero ser acima de tudo, verdadeiro, mesmo que isso desagrade a alguns. Quero ser sinceramente autêntico, mesmo que isso incomode outros. “Bendito aquele que aprende a admirar, mas não invejar, seguir, mas não imitar, elogiar, mas não bajular, liderar, mas não manipular” (William Arthur Ward).

Só por hoje quero ter um olhar e uma compreensão abrangentes sobre mim mesmo. Quero acolher-me como pessoa única, como família, como uma pessoa que carrega dentro dela uma constelação de pessoas, de histórias, acontecimentos, sonhos. “Eu sou vários! Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim”. (Friedrich Nietzsche).

Só por hoje quero ser mais que certas pessoas e mais que a soma das situações. Desejo perdoar quem é de perdão. Quero ser tolerante para com quem me magoou ou quem pisou na bola comigo. Quero que a paz do perdão tenha mais força que o orgulho que envaidece. “Pedir desculpa nem sempre significa que você está errado e a outra pessoa está certa. Às vezes, significa que você valoriza a relação mais do que o seu ego” (sabedoria popular).

Só por hoje quero compreender mais e melhor o que é ser elegante. Quero me alegrar com as belezas da vida, não quero competir com quem está melhor do que eu. Quero competir comigo mesmo e ser melhor hoje do que fui ontem. Quero compreender que as pessoas sempre podem surpreender. Não quero baixar o nível em nenhum debate, mesmo sendo contrariado. Tentarei não deletar quem não gosta de mim, buscarei ver qualidades mesmo nos antipáticos. “Nem todos podem ser ilustres, mas todos podem ser bons” (Confúncio).

Só por hoje desejo força e coragem. Desejo força para ser humilde. Desejo coragem para arriscar e voar. Que eu saiba acolher o amor que as pessoas têm por mim. Quero e desejo multiplicar meus gestos de amor. Quero que a minha vida seja expressão viva do amor, um amor vivido na força que transforma e na coragem que entusiasma. “Trago dentro do meu coração, como num cofre que não pode fechar de cheio, todos os lugares onde estive, todos os portos a que cheguei, todas as paisagens que vi... E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que quero” (Fernando Pessoa).

Só por hoje quero lançar dois olhares. Um para fora e outro para dentro de mim. Um olhar que contempla e outro que escuta, um olhar que compreende e outro que acolhe, um olhar que solidariza e outro que apaixona. Olhar para fora que me desafia e olhar para dentro que desperte a sinceridade. “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta do sonho” (C. G. Jung).